A seção de Ornitopatologia
COMO CRIAR GALINHAS
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Os estudos da Seção de Ornitopatologia a partir de 1931, muitos deles ilustrados por Lilly, contribuiram para o desenvolvimento da avicultura no Estado de São Paulo.
Criar galinhas em larga escala era um desafio ainda não resolvido no Estado de São Paulo em 1930. As aves morriam facilmente devido a inúmeras doenças e os criadores não sabiam como prevenir ou curar. Os estudos realizados na Seção de Ornitopatologia a partir de 1931, muitos deles ilustrados por Lilly, tinham como objetivo produzir vacinas para doenças tais como raiva, tifo aviário, espiroquetose, bouba e soros para combater doenças como pasteurelose e cólera. Com isso, o trabalho da Seção contribuiu para o desenvolvimento econômico da avicultura, até então uma atividade marginal, e para que ela se organizasse em escala industrial. Um dado significativo é o aumento de aves de 11,5 milhões em 1931-33 para 37 milhões em 1960-61, época em que o Estado de São Paulo se tornou o maior produtor de frangos do País.
“Neste campo de estudos, o Instituto foi mundialmente reconhecido como pioneiro. Nunca uma instituição de pesquisa de patologia animal estudou tanto sobre doenças das aves e nunca um volume tão volumoso de informações sobre avicultura havia sido sistematizado, como fora feito pelo pequeno grupo de três pesquisadores composto por José Reis, Paulo Nóbrega e Anita Swensson”, escreveu a historiadora Maria Alice Rosa Ribeiro.
Lilly Ebstein Lowenstein (1897-1966) viveu entre a ciência e a arte, desenhando e realizando fotografias nos campos da medicina e da zoologia. Em seu trabalho, Lilly conjugava o conhecimento técnico da fotografia e do desenho, o estudo das ciências e um notável talento estético. Nascida na Alemanha, ela estudou na Escola Lette-Verein em Berlim entre 1911 e 1914. Em 1925 imigrou com o marido e dois filhos para São Paulo. Em 1926, tornou-se desenhista e fotomicrógrafa da Seção de Desenho e Fotografia na Faculdade de Medicina (USP, a partir de 1934), da qual seria chefe por trinta anos a partir 1932. Entre 1930 e 1935 Lilly foi colaboradora do Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, principalmente da sua Seção de Ornitopatologia. Uma vida com arte dedicada à pesquisa e difusão da ciência.