Uma faculdade de medicina
FUNDADA EM 1912
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Fundada em 1912, a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo foi a terceira do País, após as de Salvador e do Rio de Janeiro, e em 1934 se tornou parte da USP.
A Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo foi fundada em 19 de dezembro de 1912 e teve como primeira sede o edifício da Escola de Comércio Álvares Penteado, no Largo São Francisco. Foi ali e nas dependências da Escola Politécnica, situada no bairro do Bom Retiro, que as primeiras aulas foram ministradas. Em 1914 a Faculdade passou a ter sede em três casarões na Rua Brigadeiro Tobias, próximos à Estação da Luz, onde Lilly começou seu trabalho em 1926.
Fundada em 1912, foi a terceira faculdade de Medicina do País, após as das duas primeiras capitais, Salvador e Rio de Janeiro. Nos anos 1920 integrava uma rede de instituições de ensino superior no Estado, incluindo a Faculdade de Direito, a Escola Politécnica, a Faculdade de Medicina Veterinária, a Escola de Farmácia e Odontologia, a Faculdade de Filosofia de São Bento, a Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae e a Escola de Engenharia Mackenzie.
Em 1926 a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo teve seu nome alterado para Faculdade de Medicina de São Paulo, denominação que permaneceu até 1934 com a fundação e a sua incorporação à Universidade de São Paulo (USP), quando passou a se chamar Faculdade de Medicina da USP. Em 1932 foi inaugurado o novo prédio da Faculdade de Medicina de São Paulo na Avenida Dr. Arnaldo, em terreno que pertencia ao Hospital de Isolamento (depois Instituto de Infectologia Emilio Ribas) e cedido nos anos 1920.
Lilly Ebstein Lowenstein (1897-1966) viveu entre a ciência e a arte, desenhando e realizando fotografias nos campos da medicina e da zoologia. Em seu trabalho, Lilly conjugava o conhecimento técnico da fotografia e do desenho, o estudo das ciências e um notável talento estético. Nascida na Alemanha, ela estudou na Escola Lette-Verein em Berlim entre 1911 e 1914. Em 1925 imigrou com o marido e dois filhos para São Paulo. Em 1926, tornou-se desenhista e fotomicrógrafa da Seção de Desenho e Fotografia na Faculdade de Medicina (USP, a partir de 1934), da qual seria chefe por trinta anos a partir 1932. Entre 1930 e 1935 Lilly foi colaboradora do Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, principalmente da sua Seção de Ornitopatologia. Uma vida com arte dedicada à pesquisa e difusão da ciência.